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Da era da pedra onde então se descobriu uma forma circular de talhar a pedra e produzir um objeto rolante que possibilita o transporte de pessoas e cargas, o meio de transporte rodoviário passa pelo carro de boi, segundo Andrade (2004), remoto do período Neolítico, passando palas carretas, carroças e carruagens, até se desenvolver uma tecnologia tal que possibilitou o veículo possuir força motriz própria, os automóveis. Datados de 1860 veículos movidos a gás e mais tarde em 1921 Henry Ford já produzia veículos em escala industrial, o que possibilitou o processo de disseminação de tal veículo largamente encontrado e utilizado nos dias de hoje.
Segundo levantamento do atual Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transporte (DNIT), apresentado no Anuário da Revista Exame (ANUÁRIO 2005, p.125-147), que através de fontes institucionais e referências respeitadas no setor mostram que em um total de um milhão oitocentos e setenta e seis mil quatrocentos e setenta e nove quilômetros de rodovias, sendo que noventa e um por cento deste total não é pavimentado. Este número reporta o Brasil ao terceiro lugar mundial em malha rodoviária somente perdendo para os Estados Unidos e Índia. Ainda assim, mesmo com uma porcentagem tão grande de rodovias não pavimentadas o Brasil o oferece a oitava maior média de pedágios no mundo, e um trecho total de dez mil, cento e dezessete quilômetros de rodovias concessionadas por cento e sessenta e oito empresas privadas que oferecem um serviço originalmente de obrigação governamental, que não tem condições de manter as rodovias, uma atividade onerosa e cuidadosa que é repassada à terceirização trazendo em prol do usuário uma pista de qualidade aceitável em detrimento do pagamento pelo direito de ir e vir nas rodovias brasileiras. Desta maneira agindo de forma negativa ao turismo, restringindo o acesso de transportes rodoviários como o motor-home que se torna mais oneroso devido ao pagamento de tal serviço essencial.
Não apenas o veículo carro, mas também o veículo coletivo, o ônibus, termo derivado de omnibus (de omnis) que designa para todos segundo Andrade (2004), este veículo datado de 1894 na Inglaterra então passou a servir o turismo de forma a proporcionar o traslado de pólos emissores a receptores e dentro dos próprios centros turísticos. Segundo Cooper (2002), veículo designado a viagens de curta e média distância oferecem ainda a possibilidade do serviço de city tour, largamente aplicável ao turismo.
Não somente estes dois tipos de veículos são utilizados em prol do turismo, existem outros como os veículos recreacionais que serão apresentados a seguir.

2.10.    Considerações sobre transportes no Brasil

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Dentre os modais utilizados no Brasil, o rodoviário ainda que constando uma malha de rodovias precárias, onerosas em sua construção e manutenção, contudo presente nas regiões mais importantes do país, se destaca ainda pela condição de ser o mais rentável no custo beneficio de transporte, por sua facilidade de terminais e acessibilidade. Em comparação a ferrovia, que também é onerosa em sua construção e aplicação, mas que não acarretam custos altos em sua manutenção, oferecem a rigidez de trajeto, se tornando mais delicadas de serem trabalhadas em contra ponto de seu fator positivo em relação a poluição, conforme apresentado, o trem de luxo, projeto viável e aplicado gera um precedente para a viabilidade do turismo itinerente, produto principal deste trabalho que ao invés de utilizar a ferrovia se vale da rodovia e ao invés de utilizar o trem utiliza o motor-home.
O setor aéreo, que nos últimos anos se mostrou ascendente com a abertura de companhias aéreas e principalmente as companhias low fare que trouxeram para o Brasil um novo estilo de viagem, atualmente passa por dificuldades de planejamento e, portanto, consumidores deste serviço migram para outros modais, o que oferece uma demanda potencial para a oferta apresentada neste trabalho, concordante com PALHARES. (2002)
Em comparação aos cruzeiros o motor-home não oferece tais características de entretenimento e estrutura geral, contudo tal como o serviço prestado pelo cruzeiro visa contemplar um roteiro que utiliza mais de dois terminais, os quesitos de entretenimento são oferecidos pelas localidades visitadas, conforme PALHARES. (2002)
O serviço de city tour aplicáveis ao serviço de carros coletivos, os ônibus também podem ser aplicadas aos motor-home com a mesma característica de visitação e contemplação de centros turísticos, com o acréscimo de uma hospedagem não hoteleira. Segundo PALHARES (2002)
Um fator de risco ao se tratar de transporte rodoviário no Brasil se refere as condições das estradas e da concessão das rodovias:

Todavia, o modelo de concessão adotado só encontra viabilidade financeira junto a um pequeno porcentual das rodovias brasileiras, aquelas com grande movimentação de veículos nas regiões mais prósperas do País. Fora deste contexto, a arrecadação do pedágio torna-se insuficiente para viabilizar suas operações, o que termina por afastar o interesse da iniciativa privada. .( PALHARES, 2002, p.224)

Assim, ocasionando um alto custo para se trafegar em rodovias dos grandes centros urbanos e uma escassez de qualidade de trafego nas demais regiões não pedagidas e esquecidas tanto pelo poder público quanto setor privado. Segundo sítio na internet da ANTT (2007), a concessão de rodovias já se estende desde 1997 e 1998. Atualmente existe a Associação Brasileira de Concessões de Rodovias (ABCR), que em seu sítio na internet apresenta:

(…) representa o setor de concessão de rodovias que é formado por 36 empresas privadas em operação em sete estados do País: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Essas concessionárias operam 9,85 mil quilômetros de rodovias (incluindo os trechos de ofertas), o que corresponde a 6,1% da malha rodoviária nacional pavimentada. (ABCR, 2007)

Um negócio que se tornou lucrativo, e que recentemente repercutiu grande comoção empresarial em dezesseis de outubro de 2008, em uma audiência de concessão realizada pela ANTT (2007) que teve grande parte dos lotes licitados adquiridos por corporações espanholas, e que se torna um percalço ao se tratar de transporte rodoviário.

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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