Acampar em Curitiba não é tarefa muito fácil. É raro haver capitais com boas e próximas áreas de acampamento para este típico turismo urbano. Mas Curitiba reserva algumas belezas em uma cidade bem diferente. Abaixo deixaremos algumas sugestões de passeios e dicas para se preparar para as dificuldades dos campings de lá.
Apesar de ser a mais setentrional das Capitais da região Sul, Curitiba é uma das mais geladas devido ao clima e altitude. Diferente das capitais Porto Alegre e Florianópolis que estão no nível do mar, Curitiba está na casa dos 900m de altitude e para aumentar a dose de frio, o clima é muito úmido. A cidade ficou conhecida pelos planejamentos urbanísticos que a deixaram em um posto de “uma das melhores capitais para se viver” aliado a outros quesitos como níveis de escolaridade, qualidade de vida, ecologia e sustentabilidade. Nem tudo são flores e nos últimos anos a Capital tem se aproximado muito das atuais situações das demais cidades brasileiras.
São muitos os pontos turísticos naturais e arquitetônicos que facilmente preencherão três ou quatro dias de viagem. Para quem não tem carro, o transporte público pode ser outra atração a parte, já que possui um sistema modelo de estações padronizadas e ramificadas cuidadosamente planejado nos anos 1970. Apesar de já saturada, ainda se apresenta de forma muito peculiar à cidade através de seus pontos arredondados e envidraçados. Seja de transporte privado ou público, a melhor maneira de planejar seu passeio é se basear nas localizações, pois do contrário você pode acabar perdendo muito tempo em grandes deslocamentos. Por isso montamos o mapa acima. São alguns passeios:
PARQUE TINGUI:
Os 380.000m² englobam a implantação de um parque linear que unifica os parques Tingui, Tanguá e Barigui. Lá também está o memorial ucraniano que foi construído para comemorar o centenário daquela imigração. As construções demonstram o estilo arquitetônico típico e a principal atração é a antiga igreja ucraniana do Brasil da cidade paranaense de Mallet. Há Exposições permanentes no local.
MUSEU OSCAR NIEMEYER:
Umas das últimas obras do arquiteto terminada em 2002, mas projetada lá pelos anos 1960. Ela possui o segundo maior vão livre do país, com seus 65m perdendo apenas para o MASP, de Lina Bo Bardi, com 74m. É conhecido popularmente como Museu do Olho. Além da arquitetura do prédio também abriga exposições e instalações de artes visuais e design.
ÓPERA DE ARAME:
Sua construção em tubos de aço bem finos e vedaçõestransparentes tanto nas laterais quanto no telhado, levam o nome do teatro brasileiro. Está implantado em um lago artificial e tem acesso por uma passarela. A pedreira Paulo Leminski aberta em 1990 forma com o teatro o chamado “Parque das Pedreira”.
BOSQUE ZANINELLI:
Local imperdível onde abriga um interessantíssimo prédio da universidade livre do meio ambiente. Construída em toras de eucalipto em forma de espiral, cada sala é acessada pelas rampas circulares que também oferecem lindas vistas para o bosque. São diversos recantos em um local muito tranquilo e bucólico no meio da Capital. Há um auditório a céu aberto na beira do lago.
JARDIM BOTÂNICO:
A atração é cartão postal e parada quase obrigatória para quem visita a Capital. O Parque está dentro do bairro que leva o mesmo nome. As estufas em ferro e vidro abrigam plantas de diversas origens. O complexo também abriga um espaço cultural e um parque com diversas atrações como o “jardim das sensações” onde o turista entra em contato com a natureza através do tato, texturas e aromas.
BOSQUE ALEMÃO:
O bosque alemão, área de mata densa, é diversão garantida para todos os gostos e perfis de famílias. A começar pela trilha João e Maria, onde pode-se vivenciar um dos mais conhecidos contos infantis. Todo o caminho calçado possui trechos da história, com direito à passagem pela Casa Encantada, biblioteca infantil que também oferece seções de contação de história. Curta também a Torre do Filósofo, o Oratório Bach e o Portal da Casa Mila. Para quem não resiste a uma torta alemã, não deixe de saborear na doceria/lanchonete que fica na parte de cima. É inesquecível.
BOSQUE JOÃO PAULO II / MEMORIAL POLONÊS:
Conhecido também como “bosque do Papa”, abriga mais de trezentas araucárias, pinheiro essencialmente brasileiro que está em ameaça de extinção. Dentro do parque estão construções em madeira encaixada, de arquitetura tipicamente polonesa abrigando um memorial ao imigrantes.
JARDIM ZOOLÓGICO:
São exemplares de animais do mundo todo em um local muito natural dentro do Parque Regional do Iguaçu formando o maior parque urbano do Brasil. É programa para toda a família. Há uma estrada de acesso nova, onde GPS`s e mapas podem confundir.
Campings: Curitiba era pra ser muito bem servido de um camping do CCB. Apesar de ainda existir, é preciso contar com a sorte para aproveitar instalações minimamente aceitáveis. A área é esquecida pela administração e geralmente serve bem de apoio a trailers e motor homes que buscam apenas o pouso com água e luz. As baterias de banheiros estão praticamente arrasadas e raramente o camping tem condições de aceitar barracas. Outra área conhecida para acampar é a “Só Trailers“. Apesar do nome que se refere a uma empresa de reparos de veículos de recreação, aceita barracas e trailers com ótima estrutura, O local é sempre bem avaliado. Outro nome comum é o camping “No Sol”, que aceita trailers e motor homes com ótima estrutura, mas se situa longe da Capital, no município vizinho de Campo Largo.
Olá! Acampei em Curitiba em Janeiro de 2016 no Camping No Sol, o lugar é muito bonito, havia 3 motor homes e a minha barraca apenas. O banheiro é excelente. Tem uma piscina na propriedade. o único porém é a falta de sombra, mas Curitiba normalmente é fria.