GEOGRAFIA
O nome “lagoa” não é correto geomorfologicamente, mas certamente a dos Patos nunca mais perderá o título. A real definição de Laguna se dá pela existência de um canal de ligação com o mar, onde as águas se misturam dependendo do regime de marés (que altera os níveis do mar) e de chuvas e estiagens (que alteram os níveis da “lagoa”). Um lago não teria esta ligação direta com o oceano. Por esta razão, a Lagoa dos Patos possui água salobra, podendo possuir diferentes dosagens dependendo da época do ano e da porção interna. Um outro exemplo de laguna tratada como lagoa é um cartão postal do Rio de Janeiro: A Lagoa Rodrigo de Freitas.
Outro grande elemento se dá pela ponta que banha Porto Alegre. O “braço” da Lagoa dos Patos bem ao norte é mais conhecido como “Lago Guaíba” ou mesmo “Rio Guaíba”. Um pequeno estreito bem próximo ao Parque de Itapuã separa este lago da Lagoa propriamente dita. Aí é que as definições realmente ficam enroladas, já que a uma lagoa é, por definição, menor que um lago. Para aumentar a polêmica, há quem defenda que o “Lago Guaíba” seja morfologicamente um Rio.
TURISMO
São inúmeras as localidades turísticas que estão a beira deste complexo da Lagoa dos Patos. A começar pela própria Capital Porto Alegre que é banhada pelo Rio Jacuí e pela ponta norte do Lago Guaíba. A própria Guaíba, do lado oposto também tem íntima ligação com a Lagoa assim como a famosa Barra do Ribeiro. Outras cidades estão às margens da Lagoa, como Tapes, Camaquã, São Lourenço do Sul, Pelotas e Rio Grande do lado oeste. Já do lado leste, dividindo por estreita faixa de terra a Lagoa ao Oceano, estão as famosas São José do Norte, Tavares, Mostardas e Palmares do Sul, região que ainda abriga a Lagoa do Peixe, parque nacional que abrange tanto uma área continental, quanto marinha.
A Lagoa dos Patos, por si só já representa um objetivo turístico. Sua imensidão, inúmeros ecossistemas, destinos turísticos e grande potencial náutico fazem de seus arredores um destino difícil de ser completado em pouco tempo. Não é a toa que dificilmente um mapa do Brasil não traga os contornos da maior laguna do país. Há quem confunda até mesmo com os domínios da Lagoa Mirim, esta que divide o Brasil do Uruguai e que define a fina extensão de terra que abriga o Chuí. EM meio a um mundo de designações desencontradas, é certo também lembrar que o “arroio Chuí” não liga a Lagoa Mirim ao mar, mas sim faz uma ligação bastante “indireta” e sinuosa da terceira Lagoa grande e conhecida do extremo sul do país: A Lagoa das Mangueiras.