O pleito vem tomando mais força, após uma nova publicação no mês de julho de 2013 no Portal da Veja.
Certamente que programas de investimento para se adquirir novos equipamentos seria de suma importância para uma classe sofrida, mas certamente que muita discução haverá de se estender caso o projeto seja aprovado, tanto por profissionais de outras áreas que também utilizam o mesmo tipo de moradia fixa, quanto pelo setor turístico que sempre pleiteou financiamentos justos, mas pela linha automotiva.
Vamos aguardar.
Marcos Pivari
Reportagem do Portal Veja:
Texto de Marcela Mattos, de Brasília, publicada no site de VEJA
TIRIRICA QUER CRIAR “MEU TRAILER, MINHA VIDA”
Preocupado com seus companheiros circenses, o deputado e palhaço Tiririca (PR-SP) quer que moradores de trailers também possam ser beneficiados pelo Minha Casa, Minha Vida – programa habitacional do governo federal para a população de baixa renda.
Por não ter residência fixa, a classe circense não se enquadra nos requisitos para ter acesso ao programa.
No texto do projeto
O segundo apresentado pelo parlamentar neste ano –, Tiririca argumenta que as comunidades ciganas e circenses ficaram à margem do programa.
Para convencer os deputados a aprovarem a proposta, Tiririca exalta a importância de seus companheiros: “São pessoas que vivem do suor do dia a dia e fazem a alegria de crianças e adultos”.
Na proposta, ele diz que o Executivo será responsável por definir os critérios da medida. Apesar de a Caixa Econômica Federal apontar dificuldades para financiar residências itinerantes, Tiririca afirma que tem se reunido com a entidade para encontrar uma maneira de colocar a proposta em vigor.
O projeto foi aprovado na semana passada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) e agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como tem caráter terminativo, o tema, se receber o aval da CCJ, será encaminhado diretamente ao Senado.
Reportagem de 2012 no MaCamp:
O Pedido do deputado Tiririca de incluir trailers e motor homes na relação de bens que poderiam ser financiados pelo programa “minha Casa, Minha Vida do Governo Federal traz expectativas ao mercado e aos amantes do campismo.
Porém é preciso atenção às notícias e propostas. Muitos campistas estão comemorando sem que haja atenção nas entrelinhas. O projeto realmente viria a ser um alento para a indústria de veículos de recreação tão castigada pelos vários motivos ao longo das últimas décadas, mas é importande ressaltar que o foco do deputado, ex-integrante circence, se restringiria somente aos 25 mil artistas DE CIRCO brasileiros.
Com este incentivo aos artistas, certamente o aumento da fabricação e vendas de trailers e motor homes ajudariam indiretamente o mercado e o campismo, mas seria muito interessante que o projeto fosse discutido e aditivado, estendendo-se ao setor de turismo tal benefício. Também seria importante que as fábricas aproveitassem a oportunidade para “investirem” na competitividade não aumentando seus preços, assim como aconteceu com a área de hospedagem do turismo, quando durante o crescimento das pousadas e suas ofertas de baixo custo os campings ficaram para trás , e hoje, cobrando diárias quase tão altas quanto às convencionais.
Também é importante salientar que mesmo que fosse aprovada uma lei que incluísse os veículos de recreação no programa “meu trailer, minha vida”, pouquíssimas pessoas do campismo se enquadrariam ou poderiam realizar tal sonho. Isto porque o programa em questão é voltado para famílias de baixa renda e mesmo que, com financiamentos de imóveis comuns estendidos a todos, há diversas restrições e limitações bem diferentes dos financiamentos de veículos, como o limite da parcela segundo o salário ou renda e até mesmo uma das maiores restrições no caso dos campistas que só permite financiamento de um imóvel caso a pessoa não possua qualquer outro no mesmo município. Sabemos que a maioria dos campistas utiliza RV`s por lazer já possuíndo casa própria como moradia. É preciso avaliar se o caravanismo deve empreender uma inclusão nesta idéia ou lutar por uma linha de financiamento mais específica em outra proposta.
O MaCamp acompanhará os passos desta novidade.
Marcos Pivari