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Rebocando: Para viajar com seu trailer, é preciso tomar alguns cuidados. Na maioria dos quesitos em termos de regras de reboque, valem as mesmas apresentadas na seção das carretas. Além dos fatores de dirigibilidade, o trailer oferece maior resistência ao vento, diminuindo a estabilidade do conjunto e exigindo maior cautela com velocidade e ultrapassagens.  Regras como uso de corrente e sincronia de luzes traseiras continuam, além de ser expressamente proibido a presença de pessoas no interior do trailer, quando o mesmo estiver sendo rebocado.

Para preparar seu trailer para a viagem, acomode todos os pertences nos armários, de modo que os mesmos não se movimentem durante a viagem, a fim de evitar o choque entre os mesmos ou que provoquem a abertura das portas dos armários. Assim como no interior de compartimentos, não deve haver objetos soltos pelo trailer. Atente para a capacidade máxima de carga, já que, em movimento, a suspensão do trailer poderá ser prejudicada. Bagagens mais pesadas devem ser dispostas e presas no centro de gravidade do trailer, que fica sobre os eixos do mesmo, sendo sempre mais indicado deixar a frente do trailer um tanto mais pesada do que a traseira. Feche todas as janelas e portas do trailer de modo que o vento não force durante a viagem. As claraboias também devem ser bem fechadas. Verifique se a geladeira está com a porta travada, já que a surpresa poderá ser desastrosa. Se for mantê-la ligada, verifique se a mesma foi passada para a energia a gás ou inversor, já que a energia elétrica será cortada. Acomode os pertences e utilize jornais ou sacos plásticos para preencher os espaços vazios. As caixas d’àgua deverão ser esvaziadas, ou completamente cheias se no próximo destino não houver possibilidade de enchê-las. Com capacidade mediana, o líquido livre poderá tirar a estabilidade do reboque, levando ao balanço. (ISto pode ser desconsiderado se a caixa tiver “quebra-ondas”interno). Feche o registro do gás.

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Para engatar seu trailer, você deve aproximar o veículo trator ao máximo ao ponto comum de engate. Utilize os puxadores do trailer que servem exatamente para manobra manual. Suba a bequilha de modo que a manopla do trailer fique a um nível superior ao do engate do carro. Manobre um dos veículos e desça a bequilha até o engate completo. No caso dos trailers maiores, suba no engate do trailer e pule até que a manopla se encaixe inteiramente ao conjunto, dando certeza de que está tudo firme. Algumas vezes uma “andadinha” de centímetros para a frente com o carro também faz travar a munheca. Suba a bequilha completamente, soltando o suporte e deixando-a o mais longe possível do solo. Geralmente este nível não é somente o último estágio da manivela e sim a desconexão do conjunto para um encaixe superior. A ausência deste cuidado poderá ser desastrosa. Agora conecte a tomada e verifique todas as luzes. Passe a corrente de segurança obrigatória e utilize de preferência um parafuso grosso com porca ou mosquetão, já que somente o cadeado não apresenta força de tração. Tenha certeza de que o freio de mão está solto. Dê pequenas arrancadas e freadas para ter certeza de que o sistema inercial de freios do trailer está funcionando. Verifique se os retrovisores ultrapassam o campo de visão da largura do trailer. Caso não, como na maioria das vezes, utilize os retrovisores próprios que são fixados e adaptados para este fim. Atente para a marcha ré, já que apresenta comportamento confuso por parte do reboque, na maioria das vezes, curvando-se para o lado oposto ao carro.

Já na estrada, cuide da velocidade. A rapidez do conjunto não é a máxima permitida na estrada e tampouco a que seu veículo pode chegar e sim a velocidade segura para um trailer que está sendo rebocado. As fábricas brasileiras recomendam de 70 km/h até 80 km/h, dependendo do tamanho e modelo. Não tenha pressa. Curta a viagem e programe-a para desenvolver um tempo adequado. Não force o carro no acelerador, e sim nas marchas. Cambiar é fundamental (mesmo  nos veículos automáticos). Em caso de subidas, mantenha-se embalado. Em caso de congestionamento no meio do aclive, pare e deixe o problema passar, já que o constante uso da embreagem, poderá levá-la ao gasto completo. Nas descidas, evite usar os freios. Utilize marchas reduzidas e deixe que a inércia ative os freios do trailer. Nunca freie nas curvas. Desenvolva uma baixa e constante velocidade nelas. Nunca trafegue em ponto morto. As ultrapassagens deverão ocorrer com muita prudência e segurança. Não esqueça do tamanho total do seu conjunto. Faça paradas estratégicas em curtos espaços de tempo. Revise todos os pontos já abordados.

Em caso de furo de pneu do trailer, não é necessário o desengate do mesmo. Pode-se utilizar o macaco do carro para levantar e trocar a roda. Pode-se também baixar as sapatas traseiras do trailer e levantá-lo por meio da bequilha. No caso de trailers de dois ou mais eixos, pode-se colocar um calço abaixo da roda imediatamente ao lado, trazendo o trailer um pouco pra frente, deixando-se o pneu furado suspenso. Atente sempre para o caso de, se o pneu estepe do carro não for compatível com o do trailer, levar um outro estepe.

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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