Nos últimos dias circulou nas redes uma multa dada a um campista que viaja de Kombi na Ilhabela. O valor – quase 6.000,00 – salta aos olhos de quem vê e assusta a quem pensa em visitar a ilha tão bem falada do litoral norte de São Paulo. O acontecido, porém, se justifica pela já antiga e vigente TAXA AMBIENTAL do destino turístico que visou há muitos anos combater o turismo popular, denominado também como “turismo de um dia” ou “de massa”. Em bom português coloquial… a famosa “FAROFA”.
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TÁ VIRANDO MODA: Não é de hoje que este tipo de “lei” está pipocando. Tudo começou na Ilha de Fernando de Noronha, onde por motivos óbvios em um arquipélago totalmente distante e isolado do oceano, foi criada uma taxa por visitante que visasse o bem para o próprio meio ambiente e sua preservação – a conhecida “taxa do IBAMA”. Depois disso, em 2005 a Ilhabela-SP resolveu fazer uso deste mesmo pensamento, em uma ilha muito
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Enquanto as discussões sobre a legitimidade ou não das taxas ambientais dividem opiniões, é sempre bom se manter informado aqui no MaCamp sobre possíveis problemas com campistas e caravanistas. Confira a lei na íntegra logo abaixo:
LEI Nº 359/2005
ALTERA A REDAÇÃO DA LEI Nº 164 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 QUE DISCIPLINA O TURISMO PRATICADO POR ÔNIBUS, PERUAS, VANS, MICRO-ÔNIBUS, TRAILERS E EQUIPARADOS, NO MUNICÍPIO DE ILHABELA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Autoria: Executivo Municipal
MANOEL MARCOS DE JESUS FERREIRA, Prefeito Municipal da Estância Balneária de Ilhabela, no uso das atribuições que lhe são conferidas por Lei, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:
Art. 1º A Lei nº 164/2002 passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º – O ingresso e permanência de veículos como ônibus, vans, peruas, micro-ônibus, trailers e equiparados, somente será permitido no município da Estância Balneária de Ilhabela a pessoas jurídicas, empresas ou entidades cadastradas na Agência Reguladora de Serviços Públicos e/ou Agência Nacional de Transporte e seus regulamentos e legislação pertinente, além do contido na presente Lei.
Parágrafo Único – Aplica-se igualmente o disposto nesta lei aos veículos de uso próprio, fretamento ou transporte definidos no caput do artigo.”
“Art. 2º – Fica determinado para fins de estacionamento o pátio situado no Bairro da Barra Velha, ou outros locais que venham a ser destinados pela Municipalidade desde que delimitados por placas identificadoras e sob orientação da Divisão de Trânsito, mediante pagamento de preço público.
§ 1º – …
§ 2º – O preço público pelo uso do pátio ou outro local determinado de estacionamento a que se refere o “caput”, é de R$ 775,00 (setecentos e setenta e cinco reais) para ônibus, R$ 515,00 (quinhentos e quinze reais) para micro-ônibus e R$ 300,00 (trezentos reais) para vans, peruas e trailers, por dia de estacionamento ou fração, cujo pagamento deverá ser previamente recolhido por guia própria nos bancos autorizados.
§ 3º – …”
“Art. 3º – O pedido de permissão que autorizará a entrada no Município de Ilhabela deverá ser apresentado junto a Secretaria Municipal de Turismo e Fomento com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas anteriores à chegada do veículo em território municipal.
Parágrafo Único – A solicitação de permissão de entrada deverá especificar:
a) …
b) número de cadastro de veículo na Agência Reguladora de Serviços Públicos ou na Agência Nacional de Transportes Terrestres.
c) …
d) …
e) …
f) data de entrada e data de saída do veículo no Município.”
“Art. 4º – A permissão para ingresso dos veículos a que se refere esta Lei dar-se-á mediante senha confeccionada pela Secretaria Municipal de Turismo e Fomento, contendo indicação do local para estacionamento do veículo.
Parágrafo Único – A Secretaria Municipal de Turismo e Fomento poderá autorizar o estacionamento dos veículos em outro local nos casos em que comprovadamente houver conveniência ou necessidade.”
“Art. 5º – A prática de estacionamento dos veículos nas áreas delimitadas, sem o pagamento da taxa devida, bem como os veículos que forem encontrados fora das áreas permitidas, constituem infrações puníveis com multa equivalente a 10 (dez) vezes o valor do preço público mencionado no artigo 2º, parágrafo 2º, sem prejuízo de remoção para o depósito municipal.
Parágrafo Único – Os veículos que forem recolhidos ao depósito público municipal, somente serão liberados mediante prova do pagamento efetuado em Banco autorizado, das multas e respectivas despesas de remoção e estadia.”
“Art. 6º – A Secretaria Municipal de Turismo e Fomento emitirá permissão de ingresso e autorização de estacionamento dos veículos em local diverso daqueles referidos no “Caput” do artigo 2º, sem ônus de taxas e, mesmo além do limite máximo de veículos admitidos por dia, quando:
I – A atividade ou a finalidade do transporte de passageiros for de interesse comunitário, turístico ou econômico do Município;
II – Para atendimento de hotéis, pousadas, chalés ou campings que estejam em dia com os tributos municipais e tenham estacionamento próprio, desde que requeiram autorização nesse sentido;
III – Para atendimento de pessoas físicas, seus parentes em primeiro grau e pessoas jurídicas, que sejam proprietários de imóvel para uso próprio ou para locação prevista no artigo 48 e ss. da Lei Federal nº 8.245, de 18 de outubro de 1.991, desde que exerçam atividades profissionais no Município, e possuam ou utilizem veículos em seus nomes ou para o exercício daquelas atividades e estejam em dia com tributos municipais.
Parágrafo Único – Tratando-se de imóvel de uso próprio ou para fins de locação e permissão somente será concedida àqueles que possuam estacionamento próprio.”
Art. 2º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Ilhabela, 12 de dezembro de 2005.
MANOEL MARCOS DE JESUS FERREIRA
Prefeito Municipal
Doentia a posição do municipio.
É revoltante um brasileiro, que já paga tantos impostos, e não os vê ser revertidos em benefício da comunidade, ter que pagar para permanecer numa cidade litorânea, só existe os “farofeiros” pelos baixos salários que a população comum recebem, se todos nós fossemos funcionário público, com certeza teríamos condições de viajarmos com nossas famílias com mais dignidade, assim como os nobres e semi deuses dos vereadores e prefeitos dessas cidades, com certeza por força de decretos municipais como este, quem perde é a população menos favorecidas, e conseguintemente os trabalhadores locais, na hora de cobrarem impostos, tiram como exemplo países de primeiro mundo, mas na hora de fazerem a contra partida ( sempre a prefeitura está sem recursos) #vergonha de ser brasileiro
Somete leis retrogradas imperando lamentável !!!
Infelizmente os interesses só são financeiros, a corrupção nesse país não tem freios.