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Muito conhecida pela Serra que liga o Vale do Paraíba à Paraty-RJ, que nem é mais de terra, Cunha reserva muito mais do que uma simples passagem. A cidade turística tem o título de “Estância Climática” e oferece em plena ligação da Via Dutra com o Mar, grandes altitudes, roteiros rurais, gastronomia, produções exóticas, culturas, arte, natureza e um núcleo exclusivo e imperdível do Parque Estadual da Serra do Mar. Acampar? Sim… há opções!

Inserida no roteiro estadual das nascentes do Paraíba, Cunha possui a décima primeira maior área dentre as cidades do Estado de São Paulo. Por asfalto é diretamente ligada a Guaratinguetá-SP, São Luiz do Paraitinga-SP e Paraty-RJ e por terra a inúmeros destinos escondidos pelo extremo leste do Estado de São Paulo. Além de ter áreas no Parque da Serra do Mar, também possui porções e acessos ao Parque Nacional da Serra da Bocâina. Sua altitude média de 950m pode chegar até os 1.800m na pedra da Macela ou em 1.500m no topo da estrada Paraty-Cunha.

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CENTRO: O centro é de uma cidade bucólica, de relevo acidentado e alguns prédios históricos. Não deixe de conhecer o mercado municipal. Está a 46km de Paraty, 51km de Guaratinguetá e a 80km de São Luiz do Paraitinga.Ao longo da SP-171, há três acessos à cidade.

CERÂMICA: Cunha é conhecida por seus ceramistas. Logo na estrada você verá placas de alguns, cujos ateliês estarão abertos para conhecer todo o processo. Se calhar de pegar uma abertura de fornada será um programa e tanto. Abaixo da foto, confira as cerâmicas de cunha.

PARQUE ESTADUAL: O Núcleo de Cunha do Parque da Serra do Mar é uma atração a parte. O acesso por terra de 20km vale a pena. O parque possui um centro de visitantes com museu com foco nas ARAUCÁRIAS, auditório, alojamentos de pesquisadores e banheiros. Há trilhas curtas para fazer livremente com cachoeiras e outras longas e guiadas. O Programa mereceu um ARTIGO ESPECIAL aqui no MaCamp. Confira!.

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SERRA PARATY-CUNHA: Hoje calçada em contrapartida da construção da Usina de Angra III por ser uma rota de fuga, já foi programa de off-roaders onde em dias de chuva era impraticável. Pavimentada em bloquetes de concreto, resguarda a mata fechada com passarelas de travessia de animais silvestres. O trajeto ficou bem mais suave que a Serra vizinha de Taubaté-Ubatuba. Encare o caminho como um passeio e descubra mirantes com vistas impressionantes para a baía de Paraty. Foram dois anos acompanhando o calçamento. Veja artigo. Além da descida propriamente dita, há o trecho de planalto com asfalto sinuoso e muitos pontos de visitação e o trecho final, também asfaltado, até Paraty. Atenção: O trecho de serra é proibido para ônibus e caminhões. Em 2018 sofreu algumas quedas de barreiras e encontra-se com três pontos de passagem em meia pista. Descendo a serra, após o trecho de bloquetes, o asfalto está bem precário e é preciso bastante atenção e cuidado.

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LAVANDAS: A cidade já possui dois lavandários abertos a visitação. Programa imperdível. O maior e mais conhecido (O Lavandário) já cobra ingressos e tem acesso de rampa difícil. O Contemplário é mais novo e possui acessos mais fáceis de carro, onde o visitante pode adentrar aos pés de lavanda. DICA: Para curtir o aroma da lavanda, apenas passe as mãos nas folhas e leve até nariz para sentir o cheiro super concentrado. Em ambos você pode comprar óleos essenciais extraídos da planta e degustar no café.

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SHITAKE: Cunha é um produtor de Shitakes, devido ao clima favorável. Principalmente na rota que leva ao Parque Estadual, é possível conhecer fazendas produtoras, comprar o produto e ainda saboreá-los em restaurantes especializados em cogumelos.

OLIVEIRAS:

A mais nova atração do circuito é “O OLIVAL”. Em plena Serra no sudeste brasileiro, oliveiras estão sendo cultivadas para dar azeitonas e azeites de primeira qualidade, o que até anos atrás só era possível nos países do Oriente Médio,  África Austral e mais conhecidamente na Europa (Portugal). O Olival surgiu da curiosidade e inquietude de seus proprietários em buscar resposta para a pergunta: porque não é comum o cultivo de oliveiras e produção de azeite de oliva no Brasil? Inúmeras pesquisas e estudos foram realizados, que indicavam que a Estância Climática de Cunha possuía todas as condições favoráveis ao cultivo. Em 2013, iniciou-se o plantio de 04 variedades especificas para a produção de azeites. Existe a partir de 2019 a abertura a visitação, com uma sede construída em madeira e vidro com café e onde se pode adquirir diversos produtos relacionados. Também é possível passear pela plantação de oliveiras ao som de música clássica tocada especialmente para elas. Há também um cultivo de Lúpulo.

VINHOS: A altitude e clima também são a favor dos parreirais. Conheça adegas e até mesmo pousadas dentro de vinícolas. A bebida pode ser degustada em clima de inverno ao calor da lareira também nas meias estações.

CERVEJA ARTESANAL: Não poderia faltar neste roteiro. A mais conhecida – a WOLKENBURG – fica no caminho da pedra da Macela e pode ter sua produção visitada seguida de uma degustação. Abre de finais de semana e feriados. Outra opção é a REALE que está inserida na região central e possui bar e petiscaria.

PINHÃO: Cunha não deixa nada a desejar às Serras da Mantiqueira, Gaúcha e Catarinense no pinhão. O Pinheiro oriundo do Paraná, cujo nome popular é Araucária, oferece suas sementes a partir de abril. Sempre no feriado de primeiro de maio ocorre a festa do pinhão com muita programação turística e cultural.

TREKKING e PEDRA DA MACELA: Os esportes de aventura são fortes em Cunha. São trilhas, cachoeiras, trekking e muito mais. A Pedra da Macela é o ponto mais conhecido e pode ser acessado por pessoas de qualquer idade ou preparo físico. A subida em calçamento precário só pode ser seguida a pé. Cansa, mas vale a pena quando a vista está aberta. O mês de agosto é o mais indicado pra isso, já que no verão, outono e final da primavera é comum estar tudo repleto de cerração. Há muitas pessoas que acampam em grupo lá no topo.

Cunha, além de reservar belezas naturais e programas turísticos, ainda conta com destinos próximos também ricos. Paraty também vale muito mais do que um dia de passeio. Temos um artigo especial sobre a cidade histórica. Ambas fazem parte da ESTRADA REAL do Ciclo do Ouro. Não pense que irá fazer o trajeto ou andar sobre o caminho original. Infelizmente não temos noção da magnitude e importância histórica daqueles tempos, cujo resquício de calçamento se encontra escondido em propriedades privadas sem acesso ao público.

QUANDO IR: De abril a outubro, quando faz frio a noite e não chove tanto.

ONDE FICAR: Em uma rede ampla de hotéis, pousadas e hotéis-fazenda ou em alguns CAMPINGS da cidade.

 

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

1 COMENTÁRIO

  1. Saudades de Cunha
    E tem as várias cachoeiras não tão longes do centro.Alumas estão em trechos da antiga Estrada Real.
    Vale a pena conhecer Cunha, e suas redondezas também!

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