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Testamos o sensor 12V de gás de cozinha GASEG da DITRONIC especial para veículos ou locais com uso de energia solar. Promete com um consumo mínimo e dispensando o inversor, proteção contra vazamento de gás a todo instante. Eles nos enviaram dois modelos, um interno e outro externo, ambos com todas as funções disponíveis: Alimentação 12V, alerta visual por LED, sonoro por sirene e com saída para relê que permite a conexão com outros equipamentos complementares.

Segurança em um veículo de recreação é fundamental. Primeiro porque são construídos em sua grande maioria com materiais inflamáveis e mais frágeis, como madeiras, laminados, espumas isolantes, tecidos, estofados e muito mais. Também porque são equipados com gás de cozinha que toca o fogão, forno e aquecimento de água e muito próximo a essas instalações, também passam eletricidade em 12V e também em 110V/220V para o funcionamento de toda a casa. Em um ambiente muito pequeno, embora seguro tomando-se todas as precauções, um trailer ou motor home se tornam mais suscetíveis a incêndio que uma residência comum e por esta razão os itens de segurança são fundamentais.

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GÁS DE COZINHA: O gás de cozinha é um produto que traz perigos aos ocupantes de uma residência não somente por suas capacidades inflamáveis. Também por ser um gás que pode matar por asfixia sem que percebamos. Muitas vezes, mesmo com janelas abertas e outros respiros, o gás pode atingir a respiração de alguém que esteja sentado ou deitado, pois ele é mais pesado do que o ar e por isso fica sempre concentrado na parte de baixo. Caso a pessoa esteja dormindo por exemplo, o gás poderá asfixiá-la sem que ela acorde. Outro perigo iminente, pode estar no gás vazando enquanto não há ninguém lá dentro do veículo ou da residência. Com a alta concentração de gás no ambiente fechado, ao acionar qualquer interruptor de luz, por exemplo já será gerada ali uma faísca que resultará em uma explosão. O gás de cozinha é totalmente inodoro, ou seja, sem cheiro e é por isso que é adicionado a ele um aditivo chamado mercaptano cujo cheiro é o característico que conhecemos e ele serve unicamente para se tornar perceptível ao olfato humano como forma de aviso.

Bem, mas os perigos expostos acima não fazem com que um veículo de recreação ofereça grandes riscos de incêndio ou explosão. Longe disso. Tomando os cuidados necessários como revisão sazonal das instalações, troca e renovação de mangueiras que possuem data de validade, fechar o registro geral quando for se ausentar por muito tempo ou durante a viagem e instalando dispositivos de segurança. nada acontecerá e você poderá gozar das facilidades de uma comida quentinha, de seus assados no forno e de uma água quentinha para o banho.

VERSÕES:

FUNÇÃO DE AVISO VISUAL: Sempre que a concentração de gás aumentar e disparar o alarme do sensor, será ativado o LED que fica no painel frontal do aparelho. Ele acenderá para alertar que algo está errado na instalação. Isto pode significar um vazamento de gás no encanamento, nas mangueiras e conexões ou mesmo um defeito no fogão ou forno. Nem isso pode ser a causa, mas sim o esquecimento ou esbarrão no botão do fogão ou mesmo uma chama apagada pelo vento ou água fervendo que derramou. Seja lá qual for o caso, o sensor avisará do problema

FUNÇÃO DE AVISO SONORO: Assim como o disparo do alarme e do LED , um aviso sonoro de sirene (buzzer) no painel do aparelho também é soado para chamar a atenção de que tem gás vazando.

FUNÇÃO DE ATIVAÇÃO DE RELÊ: Além dos dois avisos que acusam uma concentração anormal de gás dentro do trailer, outra função muito interessante no sensor GASEG é o comando de relê. São 3 fios, sendo que um deles se mantém comum ao par restante. Enquanto o sensor está apenas em stand-by, um fio se mantém desligado do comum e o outro se mantém ligado. Ao disparar o alarme esta combinação é invertida, permitindo escolher a conexão de dispositivos que irão agir em função deste acontecimento. Pode ser uma chave cortadora da eletricidade do trailer, pode ser uma sirene externa de alarme, um discador de emergência e muitas outras possibilidades.

FORMATOS:

DE EMBUTIR (INTERNO): Já montado em um “espelho” de acabamento idêntico a modelos de tomadas e interruptores, já possui furação para fixação nas caixinhas 4×2 da parede. Da mesma forma, pode ser aplicado embutido em marcenarias, já que seu rebordo dá acabamento ao buraco feito na madeira. Já acompanha os dois parafusos de rosca fina. Não há problema de ser embutido, pois a grelha de entrada do ar para a medição da concentração de gás fica na parte frontal e central do painel.

DE SOBREPOR (EXTERNO): Em uma caixinha de menores dimensões, é configurado para ser fixado em superfícies verticais através de um parafuso com bucha que já acompanha o produto. Apesar das laterais possuírem ventilação do circuito, a tomada de ar para a medição da concentração de gás também se encontra na frente do painel. Na verdade os painéis de ambos os formatos são idênticos e com os mesmos elementos e posições.

O QUE FAZER QUANDO O ALARME ATIVAR: Primeiramente não se desespere, já que um vazamento de gás não é uma coisa atípica em sua vida. Não acione nenhum interruptor ou aparelho e nem corra para desligar algum. Abra as janelas e clarabóias, lembrando que o gás se concentra mais perto do chão do que do teto. Portanto a abertura da porta é a mais importante. Corra para desligar o registro geral do botijão ou mesmo sua desconexão total. Saia do veículo (ou residência) e aguarde que o gás se dissipará sozinho. Aí então em segurança, investigue onde se deu o vazamento.

UNBOXING: Os sensores foram enviados pela DITRONIC pelos correios. Chegaram dentro de uma caixa embalada de postagem, plástico-bolha e as embalagens que já possuem toda a comunicação visual. Os aparelhos também vêm embalados em plástico acompanhando parafuso(s) de fixação e pequeno manual de instruções.

LIGAÇÃO: Testamos ambos os sensores enviados, sabendo que nada diferem no funcionamento, já que apenas são de disponibilização de embutir em caixas elétricas de parede (ou na marcenaria) ou então de forma externa. Em ambos a abertura para a entrada do gás é pelo painel frontal. Em nosso sistema elétrico distribuído pelo trailer, puxamos dois fios com positivo e negativo do 12V e fizemos a ligação. No momento em que é energizado, dois LEDs ficam acesos: “ON” e FL”. O botão ON indica claramente que o aparelho está ligado e o LED “FL” significa “falha / Estabilização”. SEMPRE que for energizado, o sensor de gás manterá aceso o LED “FL” durante uns 2 ou 3 minutos até que se estabilize com a atmosfera local. Se após alguns minutos este LED continuar aceso e não se apagar, aí será nitidamente a indicação de falha. Pelo que aferimos, o sensor fica disparado enquanto houver gás concentrado no local, desarmando os alarmes assim que cesse o vazamento.

Vale lembrar que durante nossos testes, os sensores não foram fixados, já que pretendíamos experimentá-los em diferentes posições. Além disso, apenas um deles será instalado em definitivo em nosso trailer.


[Momento da ligação – Ambos calibrando]


[Momentos após a ligação – um deles já calibrado]

FUNCIONAMENTO/TESTE: Obviamente que a primeira providência após a ligação e estabilização dos sensores, partimos para provocar um “vazamento” de gás sobre os mesmos. Duas coisas fizemos. A primeira foi apoiarmos diretamente em cima da boca do fogão e acioná-la sem faísca, onde praticamente na mesma hora o aparelho já disparou o alarme sonoro e visual do LED “AL”. A segunda foi acionar o gás de um isqueiro bem na grelha do sensor que após alguns segundos já disparou novamente. Neste momento não aferimos as saídas de relês.

Não coincidentemente, nosso cooktop já vinha de um defeito antigo, que necessita de troca, onde há um pequeno vazamento dentro dele que deixa o armário sob a pia com cheiro de gás. Acostumamos a sempre fechar o registro (ali no armário mesmo) sempre que o fogão não está em uso, até que o troquemos definitivamente. Portanto testamos exatamente neste cenário, pois algumas vezes que esquecemos o registro aberto e sempre sentimos cheiro de gás tempos depois. Posicionamos um sensor dentro do armário fechado e outro no lado de fora deixando o registro aberto. Após uns 10minutos (o vazamento é mínimo e demora a concentrar) o sensor que estava dentro do armário fechado acionou. O de fora não, já que mesmo o cheiro de gás fora era bem pouco.

DISPARO DOS RELÊS: Em testes separados com vazamentos provocados, verificamos então o funcionamento dos relês. São 3 fios, sendo um “C” (branco) comum e os outros dois com as seguintes siglas: “NA” (verde) e “NF” (cinza). Elas significam “Normalmente Aberto” e “Normalmente Fechado”. Portanto no estado normal do sensor, ou seja, enquanto não está disparado o terminal “C” está em curto fechado com o terminal “NF”, podendo funcionar como um interruptor acionado que mantém ligado algum aparelho (Por exemplo uma chave contatora que mantém ligada a entrada de eletricidade do RV). Neste momento o terminal “NA” está sem qualquer contato com o “C”.

No momento do disparo do alarme estas posições se invertem. O terminal comum “C” que estava em curto com o “NF” é desconectado e conecta-se ao terminal “NA” podendo ativar por exemplo um outro sistema de alarme ou sirene externos ou até mesmo um discador de emergência que lhe avisará por telefone que seu gás está vazando. No momento em que o alarme se desliga, volta a situação inicial. Em tempo convém informar que enquanto o sensor de alarme está desenergizado ou mesmo em estado de “falha” no indicador do LED, a situação descrita inicialmente continua valendo para os terminais. “NA” desconectado do comum “C” e “NF” conectado ao mesmo. Todas as situações foram aferidas em ambos os sensores e tudo funcionou na mais perfeita ordem conforme fotos abaixo. (Multímetro medindo “0,00” significa que o circuito está em curto e que os terminais medidos estão fechados (conectados). Resultado “1 .” significa que estão desconectados (abertos).


[não disparado, fios branco e cinza com conexão]


[não disparado, fios verde e branco sem conexão]


[Teste gás: não disparado, fios verde e branco sem conexão]


[Teste gás: disparado, fios verde e branco com conexão]


[Teste gás: disparado, fios branco e cinza sem conexão]

INVERSÃO DE POLARIDADE: Como a versão de nosso sensor é de corrente contínua de 12V, uma possibilidade de ligação errada não está descartada, porém nenhuma avaria acontece. Testamos ligar com os fios positivo e negativo invertidos, onde o aparelho não deu sinais de funcionamento. Porém quando refizemos a ligação de forma correta, o sensor voltou a funcionar sem problemas.

CARACTERÍSTICAS: Confeccionados em caixa de plástico e dispositivos eletrônicos internos aplicados em circuito impresso. Alimentação 12V (há versões 110V ou 220V em corrente alternada ou mesmo em 24V dC); consumo máximo de 2W; Peso ± 180g; Tempo de resposta: de 2s a 3s; Ponto de disparo: 5% a 10% do limite inferior de explosão; Tipo de gás: GLP (há modelos GN); Vida útil declarada de 5 anos; Faixa de temperatura de operação: de -10ºC a +40ºC; Faixa de umidade: até 85%; Método de detecção: por semicondutor; Versões de formato: De embutir (interno) ou de sobrepor (externo); Potência máxima via relê: 10A; Alarme sonoro: 2.300 a 3000 Hz, 85 db (a 10 cm).

PREÇO: Na ocasião deste review o produto era vendido por R$ 261,00 + frete na loja DITRONIC.

ONDE COMPRAR: Na própria loja DITRONIC, via telefone (41) 3228-1177, e-mail ditronic@ditronic.com.br ou redes sociais facebook e instagram.

REVIEW – PRODUTO: Este equipamento foi enviado pela DITRONIC que confiou no know-how do MaCamp para testar seus produtos na seção de Reviews. Testes foram feitos em nosso trailer KG-330 no Estado do Rio de Janeiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

4 COMENTÁRIOS

  1. Oi pessoal do Macamp. num KC380 será que alí ao lado da porta de entrada no armário da “cozinha” seria um bom local para a instalação do modelo de embutir?

  2. sim. Em nosso caso, optamos por instalar 2 sensores no trailer. Isto porque se instalássemos fora, ele não detectaria o vazamento que viesse da tubulação dentro do armário. Caso ficasse só um dentro, não detectaria um vazamento fora ou quando esquecemos a boca do fogão aberta. Mas acho que no caso de instalar um só, é mais seguro instalar pra fora do armário, pois é ali que o risco de faíscas acontece. Lembre-se de que quanto mais próximo ao chão estiver o sensor, mais cedo irá disparar.

  3. Marcos, gostei de minha “visita” ao seu “espaço”. Já pesquisei vários desses aparelhos (detectores de glp) e, a maioria disparam até com o cheiro de “cachaça” no ambiente, ou sem nada (mau funcionamento), dando muita dor de cabeça com esses disparos inúteis e constantes. Com esse Ditronic isso não ocorreu durante os testes? Ele é bem específico só para GLP (é o que necesssito) ou também “pesca” outros tipos de gazes na atmosfera? Grato pela atenção.

    • Perciliano. Confesso que não coloquei álcool ao lado dele, mas ele se mostrou bem calibrado. Inclusive não é de imediato que ele dispara após abrir o gás nele. E nunca disparou sozinho sem motivo.

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